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A água mineral é uma solução. A água está presente nas atividades que realizamos diariamente; em especial, podemos destacar a utilização da água na higienização e hidratação como necessidade para o bom funcionamento do nosso organismo e na prevenção de algumas doenças.

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A água é de extrema importância na prática de esportes, quando recompõe as perdas por transpiração. Logo, é de se imaginar a importância dos bons hábitos de hidratação, especialmente durante o calor do verão. Nessa época, é comum encontrarmos em locais públicos garrafas de água mineral disponível para venda, mas a frequência com que prestamos atenção em seus rótulos é indesejavelmente baixa; se os lêssemos perceberíamos que a água mineral não é pura.
Então não consumimos água pura? Em verdade não, porque junto com a água outros componentes encontram-se dissolvidos no meio. Podemos classificar a água mineral como sendo uma solução (mistura homogênea) que é um tipo de dispersão, com composição que varia de acordo com a fonte na qual a mesma foi extraída. Desta forma, a composição do solo local influencia na quantidade e no tipo de minerais presentes na água mineral. É possível conhecermos a composição quando consultamos o rótulo da garrafa.
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Mas qual a relação disso com a Química? A água mineral é assim denominada por, na sua composição, conter minerais essenciais para a saúde e bom funcionamento do nosso corpo, tais como, magnésio, sódio, potássio, bário, estrôncio, entre outros. Esses minerais estão presentes como compostos iônicos na forma de bicarbonato, cloreto, nitrato, sulfato, fluoreto, brometo, principalmente. Os minerais como o cálcio são essenciais para os ossos e dentes; potássio, para o coração e os nervos.
Os minerais que se encontram dissolvidos são chamados de solutos e a água de solvente porque é a substância presente em maior quantidade. O soluto e o solvente formam a solução. A água é conhecida como solvente universal porque “dissolve” a maioria dos solutos.
Os solutos, no caso os minerais, podem ser descritos em termos de concentração, como podemos observar no rótulo da garrafa. A concentração pode ser expressa em diferentes unidades, como por exemplo na água ela é representada a partir da relação entre a massa de minerais presente em um determinado volume (mg/L). Portanto, uma determinada massa de soluto (minerais) encontra-se dissolvida em um determinado volume de solvente (água), ou seja, ingerimos uma determinada massa de cada mineral por litro de água que bebemos. A água mineral é classificada como solução sólido-líquido.
Em todos os casos de formação de soluções do tipo sólido-líquido, há um limite de quantidade de soluto para ser dissolvido em determinada massa de solvente, em uma determinada temperatura. Sendo assim, as soluções em geral, podem ser classificadas como: saturada, quanto a quantidade de soluto é a máxima que pode ser dissolvida em 100 gramas do solvente; há ainda a insaturada (abaixo desse limite) e a supersaturada (acima desse limite). É preciso lembrar que uma solução supersaturada só pode ser obtida se aumentarmos a temperatura, devido a esta possuir uma quantidade de soluto maior do que a capacidade que o solvente tem de dissolver. Além disso, em geral, os solutos se dissolvem mais facilmente quando a temperatura é aumentada, pois há aumento do coeficiente de solubilidade. Dentro deste contexto, a água mineral é classificada como uma solução insaturada porque a quantidade de soluto fica abaixo do coeficiente de solubilidade. Sendo assim, podemos dizer que na temperatura ambiente a massa de soluto (minerais) presentes na solução (água mineral) é inferior a solubilidade em água (100 gramas de solvente).
Como vimos, as soluções sólido-líquido representam a relação entre a massa de soluto e volume da solução. A concentração de uma solução pode também ser representada em unidades como mol/L (molaridade), ou ainda em partes por milhão (ppm) e porcentagem de massa (%m/m), porcentagem em volume (%v/v), entre outras. Este último, trata-se de soluções obtidas a partir de líquidos, como o exemplo das misturas homogêneas de água e álcool. Existem muitos álcoois comerciais, que podem ser expressos em Grau INPM (%m/m) ou Gay-Lussac (GL, %v/v), e ambos os casos servem para informar a relação entre água e álcool.
Nas soluções líquido-líquido soluto e solvente encontram-se na fase líquida. Uma solução de álcool (etanol) pode ser obtida com soluto e solvente ambos na fase líquida, diferente da água mineral que o soluto é sólido e o solvente é líquido. O álcool comercial é um produto com uma diversidade de utilidades; e a relação entre água e álcool é determinante no sentido de melhorar a eficiência do álcool comercial para algumas aplicações. Um litro de álcool 50% possui meio litro de álcool (soluto) dissolvido em um litro de solução (soluto + solvente). Sendo assim, uma solução também pode ser obtida com o soluto e o solvente ambos na fase líquida. Quanto a proporção entre soluto e solvente uma solução pode ser classificada como concentrada, quando possui uma grande quantidade de soluto em relação ao solvente, e diluída quando há uma grande quantidade de solvente em relação ao soluto.
Vale lembrar também que podemos ter soluções que não são líquidas. É possível obter soluções sólidas e gasosas, desde que seja uma mistura homogênea. O ar é um exemplo de solução gasosa; nele existem gases como nitrogênio, dióxido de carbono e oxigênio em proporções distintas. Outro exemplo, agora para soluções sólidas, são as ligas, como liga de cobre-níquel, muito utilizada na fabricação de moedas, onde o solvente é o cobre e o soluto é o níquel.
Agora a dúvida que não quer calar, o que água mineral teria em comum com álcool? Primeiramente, a resposta é bem fácil. Se você já ouvir falar em soluções, então a resposta está aí, este é um conteúdo abordado nas aulas de química do ensino médio. Tanto a água mineral, com sua variada concentração de íons (compostos iônicos) dissolvidos, como os diferentes tipos de álcoois são exemplos de soluções. A Química é uma ciência que está presente em tudo e essa é a Química que não se vê.
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